Vitrine de Curiosidades /54
Regalo Pelo de Marta
Edifício de São Francisco | Memórias, De 7 de novembro a 3 de dezembro
Na rubrica deste mês, destacamos este acessório de moda, capaz de aquecer as mãos que nem um regalo, que integra a Unidade de Gestão de Têxteis do Museu de Angra do Heroísmo.
Desde sempre, o homem transformou objectos que encontrava e conseguia manusear, em acessórios. Exemplos mais recuados destes objectos são as pedras, as conchas, os caracóis, os ossos e as peles. Para além de servirem como adornos corporais e enfeites da indumentária, podiam, ao mesmo tempo, ser observados como símbolos visuais, representativos de determinada cultura, religião e poder económico. Na sociedade contemporânea, tais objetos ganharam relevância e, tal como a roupa, encontram-se sujeitos a tendências.
No caso do regalo – esse cilindro, cuja abertura nas duas pontas permitia a introdução das mãos, mantendo ou aumentando a sua temperatura –, embora já representado em finais do século XVI, mais concretamente em 1590, na xilogravura do veneziano Cesare Vecelio, na sua obra De Gli Habiti Antichi, Et Moderni di Diuerse Parti del Mondo (Das roupas, antigas e modernas, de várias partes do mundo), terá sido nos séculos XVII e XVIII que a sua popularidade atingiu expressão. Usado tanto por homens e como por mulheres seria, já em finais do século XIX, que a sua utilização cairia em desuso, reaparecendo momentaneamente no início do séc. XX.