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Vitrine de Curiosidades /35
Bolsa para Telegrafista de Posto Ótico
Edifício de São Francisco | Memórias, 8 de março a 3 de abril
Esta bolsa de circa de 1942 contém todos os
utensílios necessários aos militares de um
posto de telegrafia ótica, elétrica ou solar.
Além dos impressos de despacho, blocos
para anotação das mensagens e respetivos
envelopes para a sua entrega, por estafeta, à
entidade recetora, possui os lápis e respetivos
afiadores, bolsa com ferramentas e
utensílios para reparação de ligações elétricas.
Não faltam ainda os óculos fumados
para que, nos dias ou horas com luz solar
mais intensa, os sinais luminosos pudessem
ser facilmente vistos e as mensagens, em
morse, perfeitamente compreendidas.
Nas comunicações militares, as transmissões
óticas, por meio de sinais visuais previamente
codificados, como bandeiras , semáforos, reflexos da luz solar ou ainda fogueiras e luzes (comunicações noturnas), recuam à Antiguidade. Contudo, apesar das
inovações tecnológicas que disponibilizaram a telegrafia por fios (TPF), a telegrafia sem fios por ondas rádio (TSF) e, mais recentemente,
as transmissões via satélite, as comunicações óticas nunca foram completamente abandonadas, mantendo-se, algumas
delas, em uso até à atualidade. Assim, durante a 2ª Guerra Mundial, quando as comunicações via rádio estavam já perfeitamente
estabelecidas e largamente implementadas entre as forças terrestres, navais e aéreas, os postos de telegrafia ótica faziam parte
integrante das redes de comunicação militar, não só em Portugal, mas também no estrangeiro.